1ª
PRISÃO
Em 12/06/64, fui presa no edifício
Igarassu, escritório de Juarez Vieira da Cunha e conduzida à Secretaria
de Segurança. Permaneci nove dias. Liberada por interferência
de uma tia.
2ª
PRISÃO
Julho/64
Presa pela polícia do Exército, de madrugada, e liberada em Pontezinha,
meia noite e trinta.
3ª
PRISÃO
08/64
Sequestrada por elementos da polícia paralela, depois de rodar
várias horas à noite, fui deixada no beco Cabo Eutrópio, no Coque,
recolhida por um pai de santo, Eugênio José de Santana, que veio
a esconder-me várias vezes.
4ª
PRISÃO
15/06/65
Em 1965, recebi um telefonema de Boris Trindade avisando-me que
havia uma ordem de prisão contra mim. Quando desliguei bateram
na porta, era a polícia. Abri e disse:
– Vou me trocar.
Sentaram-se na sala. No quarto
fiz um bilhete para dona Pepe, mãe de Ivo Valença, coloquei-o
numa garrafa e desci pela varanda recomendado meu filho recém-nascido.
Tirei os lençóis do berço, para evitar que meu bebê sufocasse.
Fui mais uma vez conduzida para a Secretaria de Segurança Pública.
5ª
PRISÃO
Setembro/64
Presa pela polícia civil e depois de ameaçada liberada na Praça
do Diário (madrugada).
6ª
PRISÃO
Junho/66
Presa e ameaçada, para deixar
a defesa de preso político, e liberada no Cais de Santa Rita (madrugada).
7ª
PRISÃO
Novembro/68
Presa acredito pelo DOI CODI, interrogada, ameaçada e tive um
revólver colocado junto ao ouvido e na boca.
8ª
PRISÃO
26/08/69
Presa para averiguações, denunciada pelo diretor do Pronto Socorro,
Dr. Paulo Teixeira, por ter ido verificar o estado de saúde de
Luiz Ferreira, que havia sido jogado do primeiro andar da Secretaria
de Segurança.
9ª
PRISÃO
12/09/69
Presa para averiguações.
10ª
PRISÃO
Presa com Ricardo Noblat, no dia que Gregório foi trocado pelo
embaixador americano.
11ª
PRISÃO
Presa após a exumação do corpo de
Mata Machado à noite, por elementos que agiam à noite; o mais
agressivo, Francisco Antônio de Almeida Monteiro, Chico Monteiro
da Padaria Sion, Edson, Souto (sócio da empresa de ônibus 1002),
depois de sofrer ameaça de morte e várias horas rodando no Recife,
fui jogada para fora do carro por Chico Monteiro, depois de disparar
tiros para o alto, e chamar-me de puta, vagabunda. Dessa vez,
meus pulsos ficaram feridos. Recolhida por uma prostituta, Bisqui.
Em uma das prisões Tenente Contac
que hoje vive em Mato Grosso ou Goiás, ameaçava-me constantemente
de morte.
12ª
PRISÃO
Presa depois da chacina da
granja São Bento, para averiguações
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