Escrito
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Odijas Carvalho
de Souza
Odijas
Carvalho de Souza nascido em 21.10.45 filho
de Ozano de Souza (cego e com 76 anos quando
o filho foi assassinado) e de Amélia Carvalho
de Souza (60 anos). Tinha três irmãs Dugina,
casada - doméstica, Djanete, viúva com um
filho - Hercília, casada - estudante da
Universidade Rural, líder do PCBR, vendia
livros e dava aulas particulares. Em 21
de maio de 1969 casou-se com Maria Ivoni
Loureiro com 23 anos, estudante de economia
alagoana de Viçosa. Preso no dia 30.01.71
na praia de Maria Farinha, com Cylia da
Silva Guedes pelos investigadores Edmundo
de Brito Lima, Fausto Venâncio da Silva
Filho, Ivaldo Nicodemus Vieira e Severino
Pereira da Silva. Leonardo do DOPS cujo
diretor era José Silvestre de Oliveira foi
espancado por Carlos de Brito Viana, alagoano
de São José da Lage, filho de Pedro Viana
de Moraes e Neném, residem hoje em Vitória
de Santo Antão. Aquino de Farias Reis, Raul
Rocha, Edmundo de Brito Lima e Luiz Martins
Miranda, transportado para o Hospital da
Polícia Militar, em coma, com febre alta
antes de ser levado para o Hospital, foi
obrigado a comer um pato com bastante pimenta,
o que provocou asfixia. Consegui vê-lo disfarçada
de enfermeira com ajuda de uma ex-aluna
que me disse ter havido rompimento total
de vísceras, ao ver-me disse: “Nega, estou
fudido, dessa vez eu não desembarco, diz
à galega (Ivoni) que tudo continua, e falou
muito mais, mas não entendi, golfava sangue,
e divagava, retirei-me em prantos, no dia
seguinte a minha aluna avisou-me que ele
morreu sufocado em sangue e com dores profundas.
Assinou o laudo médico o Tenente médico
Ednaldo Paes Vasconcelos. Diagnóstico Embolia
Pulmonar. Teve as costelas todas fraturadas,
e ruptura de baço, fígado - todas as vísceras.
A casa funerária que forneceu o caixão para
o sepultamento de Odijas, situada em Água
Fria pertencia ao sogro de Edmundo Brito.
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