Rio, 11.3.68
Querida
amiga Mércia,
Muitas
saudades de você e das nossas conversas malucas porém pra mim muito
produtivas.
Dei
os recados que você mandou e estou sempre pronta a lhe atender no que
for possível.
É
uma pena que, por carta, a gente não tenha a devida possibilidade de
conversar, as gracinhas da gente só pessoalmente é que servem.
Manuel
vai bem, aliás Mércia, eu daqui a alguns dias vou-lhe escrever uma
carta junto com ele afim de que ele trata com você para que você cuide
dos negócios dele aí, quando for necessário; depois falaremos disso.
Como
vai Aradim? Tem lambido muito o chão? E comido palitos? Não consegui
mandar por Maria as roupas que te prometi para a família daquele colega
que anda “de repouso” naquele lugar tão “simpático”, cuja
esposa vai de Gaibú ao Cabo a pé; coisa muito salutar aliás, porém
no caso dela creio que “penoso”.
Mércia,
espero-lhe sem falta aqui em julho, desde já renovo o oferecimento para
você ficar aqui em casa.
Para
você o grande abraço e saudades da amiga,
Tereza
(companheira
de Manoel Messias da Silva)
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