8.
Representantes eleitos e a defesa dos direitos humanos: As autoridades
do estado não são imunes à violência
Como
no Brasil não há uma comissão nacional de direitos humanos
independente, foram criadas diversas comissões vinculadas ao poder
legislativo, no âmbito municipal, estadual e federal, no decorrer dos
últimos dez anos. A Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos
Deputados—a quem devemos muito pela ajuda na pesquisa para execução
deste relatório—criada em 1995, tem servido para preencher a lacuna
de uma comissão independente a nível federal. As comissões de
direitos humanos nas assembléias legislativas de estados e municípios
têm tido um papel importante na promoção e na defesa dos direitos
fundamentais a nível local.
Devemos
enfatizar que estas comissões têm promovido os direitos humanos e
investigado e denunciado suas violações com independência e
profissionalismo consideráveis. Apesar de pertencerem ao poder
legislativo e, por conseguinte, fazerem parte do Estado, as comissões são
vistas no Brasil como um elemento complementar da sociedade civil.
Infelizmente, como será demonstrado neste capítulo, esta independência
e disposição para investigar e denunciar abusos provocam reações
daqueles que praticam os abusos.
Nos
últimos anos, além das comissões de direitos humanos permanentes, os
órgãos legislativos brasileiros, no âmbito federal e estadual,
estabeleceram diversas comissões parlamentares de inquérito para
investigar casos de corrupção, tráfico de drogas e outras áreas que
envolvem o crime organizado. Muitos parlamentares têm demonstrado muita
coragem no decorrer das investigações. Nos casos a seguir, estes
servidores públicos têm enfrentado ameaças a sua integridade física
ou mesmo à vida, como resultado da luta pela defesa dos direitos
humanos.
Ameaças
a Naluh Gouveia, deputada estadual, Rio Branco, Acre
A
deputada estadual Naluh Gouveia testemunhou na Comissão Parlamentar de
Inquérito (CPI) sobre o narcotráfico em 10 de junho de 1999, onde
forneceu informações sobre o tráfico no Acre. Seu testemunho foi
decisivo para trazer à justiça um grupo de traficantes ligados a órgãos
de segurança no Estado do Acre.
A
Câmara dos Deputados, por meio da CPI, criou uma força-tarefa composta
por membros do Ministério Público Federal e do Estado do Acre, Ministério
da Justiça, Polícia Federal, Assembléia Legislativa do Estado do
Acre, tribunais federais, da
imprensa nacional e acreana e de organizações da sociedade civil. Esta
força-tarefa ajudou a identificar pessoas ligadas ao tráfico
internacional de drogas e as forças paramilitares comandadas por estes
indivíduos, conhecidas como grupos
de extermínio e esquadrões
da morte.
O
trabalho da força-tarefa levou à prisão de mais de 50 supostos
traficantes, que foram indiciados, julgados e condenados por tribunais
federais. Entre eles estava o deputado federal pelo Estado do Acre e
policial militar Hildebrando Pascoal. Hildebrando foi indiciado por
comandar um esquadrão da morte que matava e desmembrava as vítimas
utilizando serras elétricas. A investigação do caso Hildebrando
chamou a atenção da mídia brasileira e internacional.
Após
testemunhar para a CPI, a deputada Naluh Gouveia passou a receber ameaças
de morte. O Serviço de Reserva da Polícia Militar identificou pessoas
que planejavam assassiná-la a mando de Hildebrando. Ela começou a
receber telefonemas, sempre de telefones públicos, em que diziam que
era melhor ela parar de fazer denúncias e que seus filhos seriam
assassinados. Foram ao todo seis telefonemas. A polícia federal gravou
uma das chamadas feitas pelo próprio Hildebrando, que dizia que ir?????lia
matá-la assim que saísse da prisão. Desde então a deputada vive sob
proteção policial.
Ameaças
ao deputado Nelson Pellegrino, Salvador, Bahia
Em
agosto de 1998, Nelson Pellegrino, deputado federal na Bahia pelo
Partido dos Trabalhadores, (PT), recebeu uma ameaça de morte em
Salvador.
Enquanto atuou como presidente da Comissão de Direitos Humanos da
Assembléia Legislativa do Estado da Bahia, Pellegrino havia investigado
vários incidentes de violações de direitos que envolviam a polícia,
esquadrões da morte e o crime organizado. Pellegrino é membro da
Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal de Deputados, onde foi
presidente da comissão entre março de 2001 e março de 2002.
No
incidente de agosto de 1998, um homem não identificado forçou uma
assessora de Pellegrino sob a mira de um revólver para dentro de um
carro, onde dois outros homens armados esperavam. Um deles deu a ela um
bilhete, cujas letras haviam sido cortadas de jornais, que dizia:
“Vamos encarar?” e “mantenham portas e janelas fechadas” e
continha uma foto do deputado Pellegrino. Após haver mostrado a nota à
assessora, os homens a soltaram sem nenhuma explicação. Depois deste
incidente, o deputado Pellegrino enviou um relatório às autoridades
locais e solicitou proteção policial. Tais medidas eram mais que
justificáveis: nos dois meses antes de Pellegrino receber a ameaça,
assassinos contratados mataram dois vereadores do partido do deputado
Pellegrino e uma testemunha baiana que havia testemunhado para a Comissão
de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados.
Em
resposta a um artigo de jornal
sobre a ameaça de morte ao deputado Pellegrino, o também deputado pelo
PT Walter Pinheiro solicitou ajuda da Comissão de Direitos Humanos para
proteger a vida de Pellegrino. O presidente da comissão,
deputado Eraldo Trindade, solicitou por sua vez a intervenção especial
do Ministro da Justiça e do ?????lgovernador da Bahia.
O deputado Pellegrino não tem recebido mais ameaças atualmente.
Entretanto assassinatos políticos de autoridades locais continuam a
ocorrer na Bahia e no resto do Brasil.
Em
15 de fevereiro de 2002, o Centro de Justiça Global enviou Ofício
a
Correspondência Oficial JG/RJ no 044/02
ao Dr. César Augusto Borges, Governador da Bahia, solicitando as
informações mais recentes sobre o desenrolar do caso.
Até
o momento da finalização deste relatório, o Centro de Justiça Global
não havia recebido resposta.
Ataque
e Tentativa de Homicídio contra Yulo Oiticica Pereira, Deputado
Estadual, Salvador, Bahia
?????l
O
Deputado Estadual Yulo Oiticica Pereira, investigava, como Presidente da
Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa da Bahia, a
existência e atividades de grupos de extermínio desse estado. No início
de 2000, Oiticica começou a receber ameaças por telefone.
Um homem anônimo fazia breves ligações nas quais advertia “Vou te
pegar”. As ligações foram feitas para o celular do Deputado nos
meses de fevereiro a março de 2000 sempre entre as 3:00 e as 5:00 da
tarde.
No
dia 7 de março de 2000, por volta de 10:00 da noite, Oiticica e sua
esposa dirigiam dentro do estacionamento São Raimundo em Salvador e presenciaramse
presenciou vários policiais do Pelotão No. 1216 da Tropa
de Choque agredindo Jéssica Sinai Silva Sousa, funcionária do gabinete
de Oiticica na Assembléia Legislativa.
?????l Oiticica testemunhou um dos policiais dar um tapa no rosto de Jéssica,
golpe este que a derrubou ao chão.
Oiticica tentou intervir, pedindo que os policiais se acalmassem e
perguntando sobre o quê ocorrera. Nesse momento, um dos policiais
atingiu o braço deo
Oiticica com seu cassetete causando uma
hematoma. O policial continuou empurrando Oiticica causando outros
ferimentos. Oiticica então se identificou como Deputado e Presidente da
Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa da Bahia. Não
obstante, Oiticica foi algemado e levado para a delegacia de polícia
mais próxima. Somente ao chegar a Delegacia é que dois policiais
tomaram ciência da identidade de Oiticica e pediram desculpas pelo
incidente.
No
dia 10 de março de 2000, o
Deputado Nilmário Miranda, PT, Secretário Nacional de Direitos
Humanos, enviou ofício às autoridades da Bahia denunciando os
maus-tratos sofridos por Oiticica nas mãos da polícia.
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Em
27 de março de 2000, Oiticica encaminhou uma correspondência de treze
páginas ao Promotor Chefe da Coordenadoria Criminal do Ministério Público
Da Bahia solicitando que os policiais envolvidos no incidente fossem
identificados e enquadrados por prática de violência injustificada,
prisão ilegal e abuso de autoridade. Essa correspondência foi
assinada por mais quatorze deputados companheiros de Oiticica.
Em
30 de março de 2000, por volta das 11:00 da noite, Oiticica sofreu
uma tentativa de homicídio enquanto levava um de seus assessores para
casa.
Após deixar uma reunião com o Sindicato dos Metalúrgicos, Oiticica
dirigia-se para a casa do assessor pela Avenida Orlando Gomes quando
percebeu um carro branco, possivelmente um Gol, emparelhar-se ao seu veículo.?????l
Quando ele olhou rapidamente, avistou uma arma apontada em sua direção.
Oiticica então ouviu três tiros, perdeu o controle de seu carro, que
subiu o meio-fio e encostou em uma cerca.
O carro com o atirador seguiu na direção da Av. Paralela de
forma acelerada. Após deixar seu carro, correu para um condomínio
residencial da vizinhança chamado Vila Tropical.
Logo
depois,
a Polícia Militar recuperou o carro de Oiticica, um Fiat Palio, e
entregou a 12a. Delegacia de Polícia.
Os policiais encontraram uma bala calibre trinta e oito alojada na
lateral do veículo, assim como os furos que essa e as outras balas
deixaram no carro. No entanto, essa evidência não foi suficiente para
indiciar alguém. Devido à falta de iluminação nas ruas, Oiticica não
pôde identificar seus agressores e, conseqüentemente, não pôde
fornecer nomes de nenhum suspeito.
Em
?????l
31 de março de 2000, Oiticica escreveu para Kátia Maria Alves de
Souza, Secretária de Segurança Pública do Estado da Bahia,
solicitando que a Secretaria examinasse o incidente e tomasse medidas
para garantir sua segurança e de sua família.
Oiticica também solicitou que a Secretaria de Segurança lhe oferecesse
um colete a prova de balas.
No
dia 15 de fevereiro de 2002, o Centro de Justiça Global enviou ofício
JG/RJ No. 069/02 para a Secretária de Segurança Pública do Estado da
Bahia solicitando maiores informações sobre os desenvolvimentos
recentes dessa questão.
Até
o momento da finalização deste relatório, o Centro de Justiça Global
não havia recebido resposta.
Ameaç?????las
a Moema Isabel Passos Gramacho, Deputada Estadual, Salvador, Bahia
Moema
Isabel Passos Gramacho é Deputada Estadual pela Bahia desde 1997,
reeleita em 1999 para um novo mandato até 2003. Antes de ser eleita,
Moema Gramacho era sindicalista e diretora do Instituto Nacional de Saúde
do Trabalhador de 1990 a 1993. Em sua atividade parlamentar na Assembléia
Legislativa do Estado da Bahia, Moema Gramacho foi
presidente da Comissão Especial de Combate à Fome em 1997 e
1998 e presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia
Legislativa do Estado da Bahia em 1999 e 2001.
Durante
os dois mandatos em que presidiu a Comissão de Direitos Humanos do
Estado da Bahia, Moema Gramacho encaminhou a Comissão Parlamentar de
Inquérito, CPI, sobre o narcotráfico assim como a outros órgãos públicos
diversas denúncias sobre o tráfico de drogas, roubo de cargas e grupos
de extermínio. Sua atuação como Deputada Estadual auxiliou nas
investigações sobre o crime organizado na Bahia. No final de 1999,
Moema começou a receber ameaças de morte. Ela acredita que as ameaças
eram feitas em decorrência com seu trabalho na Comissão de Direitos
Humanos.
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A
primeira ameaça aconteceu em 11 de outubro de 1999, por volta das 4:00
da tarde, numa ligação telefônica para o gabinete da deputada.
Moema imediatamente ingressou com uma ação judicial, junto à 10ª
Vara Criminal de Salvador, com a intenção de identificar a origem da
ligação. No entanto, ela não pôde obter pelas vias jurídicas a
identificação do número e a localização do telefone utilizado para
fazer a ameaça.
Uma
segunda ameaça telefônica ocorreu em 2 de junho de 2000, por volta das
4:15 da tarde.
A ligação feita para outro número do gabinete da deputada. No dia 8
de junho de 2000, uma terceira ameaça foi feita para o telefone da
residência da deputada. A pessoa disse: “Diga a ela que o dia dela
está chegando”.
A
Deputada Estadual Moema Gramacho enviou ofício para o ?????lPresidente da
Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa do Estado da
Bahia e para a Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados,
relatando essas ameaças e solicitando que medidas fossem tomadas.
As
ameaças continuaram. No final do mês de junho
de 2000, o zelador do edifício no qual a deputada estava se mudando,
Edmilson de Jesus Andrade, avistou um Ford Escort preto circulando o
edifício em três ocasiões entre 27 de junho e 30 de junho. Segundo
Edmilson Andrade, o carro circulava com quatro homens, um dos quais
disse, “vamos embora que ela ainda não está morando aí. O carro
dela não está na garagem.”
Devido
à intensificação das ameaça de morte, no dia 14 de junho de 2000, a
Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados solicitou ao
Ministro da Justiça que medidas de segurança fossem tomadas.
No
dia 12 de julho de 2000, o mesmo automóvel preto apareceu e foi
conduzido contra Edmilson Andrade que zelava pela propriedade.
Segundo Edmilson, dois homens saíram do carro e o derrubaram
perguntando onde se encontrava Moema. Edmilson respondeu que não sabia
e um dos homens o atingiu na face. Antes de sair, os homens afirmaram
que voltariam para matar a Deputada. Eles também roubaram o telefone
celular de Edmilson Andrade.
Em
resposta a essa última ameaça, no dia 13 de julho de 2000, a Comissão
de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados reiterou que o Ministro da
Justiça tomasse medidas de segurança.
Em resposta, o Departamento de Assuntos Parlamentares do Ministério da
Justiça, em 14 de julho de 2000, informou a Comissão que o caso havia
sido encaminhado ao Diretor Geral da Polícia Federal para análise e
adoção de medidas cabíveis.
No
dia 14 de agosto de 2000, a Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos
Deputados enviou ofício ao Secretário de Segurança Pública e ao
Governador do Estado da Bahia
solicitando medidas urgentes para garantir a segurança física da
Deputada Moema, investigação das denúncias já encaminhadas à
Secretaria de Segurança Pública e informações sobre as medidas
adotadas para que a Comissão pudesse acompanhar o caso.
No
dia 11 de março de 2002, o Centro de Justiça Global enviou ofício JG/RJ
No. 098/02 para Kátia Maria Alves dos Santos, Secretária de Segurança
Pública do Estado da Bahia, solicitando maiores informações sobre o
andamento desse caso.
Até
o da finalização deste relatório, o Centro de Justiça Global não
?????l havia recebido resposta.
Ameaças
de morte a Cozete Barbosa, ex-Vereadora e atual Vice-Prefeita de Campina
Grande, Paraíba
Em
outubro de 2000, a Vice-Prefeita de Campina Grande, Cozete Barbosa, também
Vereadora da cidade, denunciou a tortura sistemática, extorsão e
intimidação de presos e familiares na Penitenciaria Regional de
Campina Grande—Serrotão.
Em
testemunho perante a Comissão Parlamentar de Inquérito, CPI, formada
pela Secretaria Estadual de Justiça, Cozete Barbosa apresentou fotos,
uma carta, fitas gravadas, uma palmatória e algumas cápsulas de balas.
A partir dessas denúncias, Cozete Barbosa tem sofrido várias ameaças
de morte através de ligações anônimas feitas para seu gabinete na
Prefeitura e para sua residência.
Segundo
informações do Correio da Paraíba,
as ameaças telefônicas repetiam frases do tipo “você esta falando
muito. E isso pode ser perigoso; ninguém faz denúncias sobre o presídio
e permanece vivo.”
O
relatório final da CPI confirmou as acusações feitas pela Vereadora,
apontando o Tenente Dinamarco Gomes Júnior e o Diretor Disciplinário,
Edson Sirney, como responsáveis pelas sessões de tortura.
No dia 14 de novembro de 2000, Dinamarco Gomes e Edson Sirney, além de
outros membros da Penitenciária de Serrotão foram exonerados de seus
cargos pelo Governador José Maranhão.
Devido
às várias ameaças de morte, que se intensificaram após a revelação
do relatório da Comissão, o Presidente da Comissão de Direitos
Humanos da Câmara dos Deputados do Estado da Paraíba, Luiz Couto,
enviou oficio à Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados
solicitando que a Comissão, juntamente com o Ministro da Justiça,
garantissem a segurança de Cozete Barbosa.
No
dia 31 de outubro de 2000, em resposta a esse ofício, o então Ministro
da Justiça, José Gregori determinou que a Polícia Federal da Paraíba
protegesse Cozete Barbosa. A Polícia Federal ofereceu proteção a
Cozete Barbosa entre 1 de novembro a 30 novembro de 2000.
Um
inquérito Policial foi aberto em 7 de fevereiro de 2001 levando a denúncia
dos seguintes suspeitos: Tenente Dinamérico Gomes Júnior da Polícia
Militar e Veidmar Das Neves Campos, Edson Araújo Cirne, Moacir Alves
Ramalho e Odon Germando, todos agentes penitenciários. O caso foi
enviado para a Segunda?????l Divisão Criminal de Campina Grande, onde estava
pendente até o momento da finalização deste relatório.
Assassinato
de Carlos Gato, Líder Sindical e Vereador da cidade de Boquim,
Pedrinhas, Sergipe
No
dia 22 de setembro de 2001, Carlos Gato, líder sindical e Vereador do
município de Boquim, Sergipe, foi assassinado quando visitava a cidade
vizinha de Pedrinhas. Carlos Gato, membro do Partido da Social
Democracia Brasileira, PSDB, provocara forte ressentimento por parte dos
proprietários de terras locais, principalmente por causa da sua
campanha pela erradicação do trabalho infantil.
Em
25 de setembro de 2001, seu companheiro do PSDB, Sérgio Reis, Deputado
Estadu?????lal por Sergipe, enviou à Comissão de Direitos Humanos da Câmara
dos Deputados Federais solicitação de assistência e investigação no
caso de assassinato.
A Comissão, por sua vez, solicitou a participação do Ministério
da Justiça, a Secretaria de Segurança Pública de Sergipe e o
Procurador Geral de Justiça do Estado de Sergipe.
No
dia 14 de fevereiro de 2002, o Centro de Justiça Global enviou ofício
JG/RJ No. 053/02 para Gilberto Fernando Goes Passos, Secretário de
Segurança Pública do Estado de Sergipe. No dia 15 de fevereiro de
2002, o Centro de Justiça Global enviou ofício JG/RJ No. 052/02 para
Moacir Soares da Mota, Procurador Geral de Justiça do Estado de
Sergipe. Em ambos ofícios, o Centro de Justiça Global solicitou
maiores informações sobre os acontecimentos recentes sobre o caso.
Até
o momento da finalização deste relatório, o Centro de Justi?????lça Global
não havia recebido resposta.
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