Comitê
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Raimundo Ubirajara de Macedo
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Outono da Memória
O Jornalista Ubirajara Macedo
Conta a História da Sua Vida
Nelson Patriota, 2010
20.
“Não falou de flores, mas plantou
sementes”
Rosana
Varela de Macedo
Papai,
“É
na manhã de cada bonita manhã”
que agradeço a Deus por sua vida
e pela saúde que Ele tem lhe concedido;
e mais uma vez enalteço este homem
que sabe cativar a todos e é respeitado
por muitos que sabem ver a grandeza de sua
alma, o valor de seu caráter e, acima
de tudo, essa inteligência inigualável
que tanto inspira quanto sensibiliza os
que lhe rodeiam e essencialmente os que
acompanharam de perto a trajetória
de sua vida, que apesar de ter passado por
aflições, as quais nem eu
compreendia, levando em consideração
sua bondade, sua pacificidade, sua calma,
mas você estava buscando o bem comum,
lutando por um ideal mais justo e digno
que valeu a pena, uma vez que toda sua luta
serviu como marco para traçar sua
história.
E hoje, não somente eu, mas todos
os filhos, netos, bisneto, esposa, parentes
e amigos se orgulham do episódio
que na verdade foi uma oportunidade que
Deus lhe concedeu para que você entrasse
nos anais dos que se eternizam pelos seus
feitos e pela coragem de contestar e protestar
contra as injustiças vividas numa
época em que falar a verdade implicava
até mesmo em sentença de morte
como muitos partiram “num rabo de
foguete” (como diz a música
“O Bêbado e o Equilibrista”),
lutando pela mesma casa. Mas foi essa verdade
que ninguém viu. E para não
dizer que você não falou das
flores, mas plantou a semente delas, hoje,
creio que muitas estão germinando,
pois saiba, papai, que nada é em
vão e certamente, como diz a Bíblia,
você tem galardões, se não
aqui, neste efêmero lugar, mas tem
nos céus.
Receba, portanto, nosso carinho e vamos
caminhando e seguindo a canção
que um dia você entoou e continua
cantando, como hino da liberdade e da igualdade,
que tão bem fala Geraldo Vandré,
em que me inspirei para escrever-lhe esta
simples homenagem, quando ele diz “somos
todos iguais, braços dados ou não,
a história nas ruas, as flores no
chão...”, “E quem sabe
faz a hora não espera acontecer”.
E você realmente não esperou
acontecer. E esta é a grande lição
e o magnífico exemplo de um herói
que soube vencer os ditames de um regime
militar cruel que calou muitas vozes, mas
hoje, elas ecoam como um grito de VITÓRIA
dos que lá fora falavam em liberdade.
PARABÉNS
E QUE DEUS CONTINUE ABENÇOANDO A
VOCÊ E LOURDINHA COM SAÚDE,
PAZ E LONGEVIDADE.
Um
beijo carinhoso de sua filha e admiradora.
(Escrito
para o aniversário de 85 de anos
de Ubirajara Macedo, no dia 1º de março
de 2005).
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