Currículo
em Direitos Humanos
Marcos
Rolim iniciou seu trabalho em Direitos Humanos como membro da
Anistia Internacional. Sua formação política deu-se na luta
contra a ditadura militar em várias frentes de atuação. Liderança
estudantil de destaque, foi eleito vereador em 1982, em Santa
Maria, RS, com a maior votação da cidade. Na Câmara de
Vereadores criou a Comissão de Direitos Humanos, presidindo-a por
dois anos.
Data
desta época sua vinculação ao tema da segurança pública, luta
contra a violência policial, defesa dos direitos das minorias e
luta pela reforma do sistema penitenciário.
Eleito
Deputado Estadual pelo Partido dos Trabalhadores em 1990 e
reeleito para um segundo mandato em 1994, desenvolveu um intenso
trabalho em Direitos Humanos que alcançou reconhecimento
internacional. Presidiu a Comissão de Cidadania e Direitos
Humanos da Assembléia Legislativa por seis anos, pautando um
conjunto de temas normalmente desconsiderados pela agenda política
brasileira a respeito do destino dos excluídos e marginalizados.
Por
sua atuação, a Comissão transformou-se em uma das principais
referências de trabalho parlamentar em Direitos Humanos no
Brasil. Nos últimos seis anos, a Comissão atendeu e acompanhou
mais de cinco mil casos de violações aos direitos fundamentais
no RS; organizou eventos relevantes e de larga repercussão pública,
entre eles, a I Conferência Estadual de Direitos Humanos; efetuou
denúncias constantes de violações aos direitos fundamentais;
abriu espaços junto à opinião pública para a valorização de
uma cultura de paz e de respeito às diferenças e influenciou
decididamente a adoção de políticas públicas de sentido
garantista. O Deputado Marcos Rolim concebeu e editou, por 4 anos
sucessivos, o mais abrangente relatório em Direitos Humanos no
Brasil, intitulado "Relatório Azul, Garantias e Violações
dos Direitos Humanos no RS", além de várias outras publicações
importantes como o "Relatório Contra as Punições Físicas
Sobre as Crianças". Seu trabalho junto ao sistema penitenciário
gaúcho lhe assegurou a condição inédita de um interlocutor
permanente junto às autoridades do sistema em diferentes governos
e uma intensa credibilidade junto aos próprios apenados e seus
familiares. Em situações agudas como nos motins, por exemplo, a
presença do parlamentar foi uma constante, contribuindo sempre
decisivamente para que tais conflitos fossem equacionados e vidas
humanas fossem preservadas.
O
Deputado Marcos Rolim foi autor da primeira legislação da história
Brasileira de "Reforma Psiquiátrica e de Proteção aos que
Padecem de Sofrimento Psíquico", em 1992. Graças a esta
Lei, o RS desfruta atualmente de uma situação privilegiada na área
de saúde mental e dispõe de uma política pública coerente e
garantidora dos direitos de cidadania dos pacientes psiquiátricos.
Foi também, autor da primeira Legislação Brasileira de
"Amparo às Vítimas da Violência e de Proteção às
Testemunhas Ameaçadas", sancionada ao início deste ano;
aprovou, ainda, uma lei estadual contra a tortura, uma lei para o
enfrentamento da discriminação e do assédio sexual contra as
mulheres e uma lei para a regulamentação do aborto nos casos de
gravidez resultante de estupro e risco de vida à gestante.
Eleito
deputado federal em 1998, assumiu a titularidade da Comissão de
Constituição e Justiça e da Comissão de Direitos Humanos da Câmara
e uma das vice- lideranças da bancada do PT. Seus primeiros
projetos no Congresso abordam temas como a regulamentação do uso
da força e das armas de fogo por parte das polícias; a alteração
na Lei de Execução Penal garantindo-se explicitamente o direito
a todos os apenados de exercício da sua sexualidade, a
possibilidade de concessão de prisão domiciliar aos apenados
acometidos de doenças graves independentemente do regime em que
se encontram, a normatização das revistas sobre os familiares e
visitantes do sistema prisional de forma a se coibir todas as práticas
humilhantes e vexatórias ainda tão comuns; a concessão de licença
remunerada à empregada adotante; a explicitação do alcance da
expressão "crimes conexos" da lei da anistia de tal
forma que se garanta a possibilidade legal de punir a tortura
praticada na época da ditadura; a inserção de cláusula
protetora aos Direitos Humanos em contratos de financiamento
concedidos por instituições oficiais e emenda constitucional
para a garantia dos direitos civis dos homossexuais. Recentemente,
concebeu e organizou conjuntamente com várias ONGs o "I
Congresso de Execução Penal do RS" encaminhando ao governo
do estado e ao Ministério da Justiça uma proposta global de
reforma do sistema penitenciário brasileiro intitulada
"Garantias e Regras Mínimas Para a Vida Prisional".
Marcos
Rolim tem mantido uma sólida relação com instituições e
entidades internacionais na área de Direitos Humanos. Participou
do Congresso Mundial de Direitos Humanos da ONU, em Viena (1993);
integrou a comitiva do Ministério da Justiça no VIII Fórum
Mundial da ONU para a Prevenção do Delito e Tratamento dos
Detentos, no Cairo, Egito (1996); foi conferencista no Seminário
sobre "Direitos Humanos, Infância e Adolescência" na
Mit Sweden University, em Östersund, Suécia (1994) e no Seminário
sobre "Tendências Contemporâneas do Direito Penal" na
Universitá di Lecce, Itália (1998); realizou curso de Atualização
Legislativa oferecido pelo Departamento de Estado, nos EUA (1995)
e de especialização em Saúde Mental e Política Prisional na
Universidade de Oñati, Espanha (1996).
Marcos
Rolim é jornalista formado pela Universidade Federal de Santa
Maria. Ensaísta e colaborador de inúmeros jornais e revistas
brasileiras, é autor de "A Imitação da Política", um
estudo sobre a burocratização dos partidos políticos e de
"Teses Para Uma Esquerda Humanista", recente publicação
crítica à ideologia tradicional da esquerda e de afirmação do
paradigma dos Direitos Humanos. Marcos Rolim tem 40 anos, casado
com Jussara Bordin e pai de Maíra (16) e Sofia (3).
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