Margarida Genevois e
        a Rede DHnet são  
        os ganhadores do Prêmio USP de  
        Direitos Humanos 
        
        A terceira edição do
        prêmio contou com 60 inscritos em duas categorias. Dentre os critérios
        para a escolha dos premiados, estão duração e continuidade do
        trabalho, alcance social e possibilidade de multiplicação do modelo
         
        
         
        A Comissão de Direitos Humanos da USP, com o apoio da Pró-Reitoria
        de Cultura e Extensão Universitária celebrou, na última terça-feira
        (10), os ganhadores do Prêmio USP de Direitos Humanos 2002. Na data, em
        que é comemorado o dia da Declaração Universal dos Direitos Humanos,
        foram premiados Margarida Genevois, na categoria individual, e a Rede
        DHnet, na categoria institucional. 
         
        O Prêmio surgiu em 2000 e, nessa terceira edição, houveram 60
        inscritos nas duas categorias. "Procuramos premiar pessoas e
        instituições que colocam em prática os direitos humanos e seus
        valores embutidos: justiça social, paz, tolerância e
        solidariedade", diz Maria Luiza Marcílio, professora da Faculdade
        de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP e presidente da
        Comissão desde o seu início, em 1998. 
         
        Dentre os critérios avaliados para a escolha dos premiados, estão duração
        e continuidade do trabalho, alcance social e possibilidade de multiplicação
        do modelo. "A premiação é somente simbólica, com a entrega de
        um troféu e um diploma pelo reitor. No entanto, o prestígio da USP faz
        com que ele seja reconhecido e muito valorizado". A professora
        ressalta que não podem ser prem iados funcionários, professores ou
        alunos da Universidade. 
         
        A comissão julgadora, nomeada pelo reitor, é formada por professores
        da USP e um representante da comunidade externa. Esse ano, os escolhidos
        foram os professores Sérgio Adorno, da FFLCH e do Núcleo de Estudos da
        Violência (NEV), Eva Blay, da FFLCH e do Núcleo de Estudos da Mulher
        em Relações Sociais de Gênero (NEMGE), Fábio Bezerra de Brito, da
        Faculdade de Educação (FE) e Maria Estela Graziane, da Pontifícia
        Universidade Católica (PUC). 
         
        Os premiados 
        Margarida Genevois, vencedora do Prêmio 2002 na categoria individual,
        tem um trabalho voltado para a defesa dos direitos humanos
        principalmente na área infantil e de defesa dos direitos dos presos.
        Ela já presidiu a Comissão de Paz e Justiça de São Paulo e coordena
        a Rede Brasileira de Educação em Direitos Humanos. 
         
        A segunda ganhadora, a Rede DHnet, foi criada em 1994 e tem sua sede em
        Natal, no Rio Grande do Norte. O site se dedica à difusão dos Direitos
        Humanos em nível nacional, prestando informações sobre leis e sobre a
        presença de instituições ligadas à proteção dos direitos do indivíduo.
        Um de seus projetos é a "Enciclopédia Digital de Direitos
        Humanos", que já se encontra em sua segunda versão, sob a forma
        de CD-ROM. 
         
        Em 2000, a primeira edição do Prêmio foi para a coordenadora da
        pastoral da criança Zilda Arns, na categoria individual, e à organização
        não-governamental gaúcha, Themis Assessoria Jurídica e Estudos de Gênero,
        pela categoria institucional. Ano passado, os vencedores foram a
        diretora do Núcleo de Integração dos Deficientes Ana Rita de Paula e
        o Serviço Pastoral dos Migrantes, nas categorias individual e
        institucional, respectivamente. 
          
        Além de se responsabilizar pelo Prêmio anual, a Comissão dos Direitos
        Humanos alimenta sua biblioteca virtual, com uma média de 250 visitas
        diárias. "É um número significativo aqui no Brasil. Recebemos
        quase 80 mensagens por dia, de diversos países de língua
        portuguesa", comenta Maria Luiza. Ela lembra que o acervo também
        é muito consultado por brasileiros que vivem no exterior. 
         
        Segundo a professora, a Biblioteca Virtual de Direitos Humanos é
        importante não apenas para a divulgação dos Direitos Humanos mas como
        fonte de pesquisa. "A Comissão exerce um importante papel no campo
        do serviço à comunidade, que também é uma atribuição da USP. Temos
        a função ajudar para a formação de uma sociedade em que os direitos
        humanos estejam consolidados", conclui. 
         
        O evento aconteceu na sala do Conselho Universitário, no prédio da
        reitoria, localizada à Rua da Reitoria, 109, Cidade Universitária, São
        Paulo. 
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