Glossário
de Ativismo
e Desobediência Civil
Anarquia
Palavra que deriva da raiz grega anarchia—
an (não, sem) e archê (governador)
— e que designa um termo amplo que
abrange desde teorias políticas
a movimentos sociais que advogam a abolição
do Estado enquanto autoridade imposta
e detentora do monopólio do uso
da força. Exemplificando, Anarquismo
é a teoria liberária baseada
na ausência do Estado. De um modo
geral, anarquistas são contra qualquer
tipo de ordem hierárquica que não
seja livremente aceita, defendendo tipos
de organizações horizontais
e libertárias. Para os anarquistas,
Anarquia significa ausência de coerção,
e não ausência de ordem.
Uma das visões do senso comum sobre
o tema é na verdade o que se considera
"anomia", ou seja, ausência
de leis. O anarquismo não se relaciona
com a prática da anomia (ver adiante).
Os anarquistas rejeitam esta denominação,
e o anarquismo enquanto teoria política
nada tem a ver com o caos ou a bagunça.
As diferentes vertentes do anarquismo
têm compreensões diferentes
quanto aos meios para a abolição
dos governos e quanto à forma de
organização social que disso
resultaria.
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Ativismo
Doutrina ou prática que preconiza
ação política vigorosa
e direta.
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Bala
de Borracha
Projétil confecionado de borracha
para disparo com arma de fogo. Muito utilizado
por forças policiais para dispersar
grupos. Causa ferimentos dolorosos e por
vezes mortais.
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Bed-inn
John Lennon e Yoko Ono, após o
casamento em Gibraltar, em março
de 1969, realizaram o primeiro "Bed-in
for Peace" no hotel Hilton em Amsterdam,
nos Países Baixos. "Bed-in"
era uma conferência para imprensa
em favor da paz, realizado em uma cama
de hotel.
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Boicote
Boicote ou boicotagem é o acto
de abster-se de usar, comprar ou lidar
com alguém ou alguma organização
como forma de protesto ou coerção.A
palavra boicote deriva do inglês
boycott, que por sua vez deriva do nome
do capitão irlandês Charles
Boycott.O seu uso nasceu de um movimento
na Irlanda em 1880.
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Censura
Uso pelo estado ou grupo de poder, no
sentido de controlar e impedir a liberdade
de expressão. A censura criminaliza
certas acções de comunicação,
ou até a tentativa de exercer essa
comunicação. No sentido
moderno, a censura consiste em qualquer
tentativa de suprimir informação,
opiniões e até formas de
expressão, como certas facetas
da arte. O propósito da censura
está na manutenção
do status quo, evitando alterações
de pensamento num determinado grupo e
a consequente vontade de mudança.
Desta forma, a censura é muito
comum entre certos grupos, como certas
religiões, multi-nacionais e governos,
como forma de manter o poder. A censura
procura também evitar que certos
conflitos e discussões se estabeleçam.
A
censura pode ser explicita, no caso de
estar prevista na lei, proibindo a informação
de ser publicada ou acessível,
após ter sido analisada previamente
por uma entidade censora que avalia se
a informação pode ou não
ser publicada (como sucedeu na ditadura
portuguesa através da PIDE) , ou
pode tomar a forma de intimidação
governamental ou popular, onde as pessoas
têm receio de expressar ou mostrar
apoio a certas opiniões, com medo
de represálias pessoais e profissionais
e até ostracismo, como sucedeu
nos Estados Unidos da América com
o chamado período do McCartismo.
Pode também a censura ser entendida
como a supressão de certos pontos
de vista e opiniões divergentes,
através da propaganda, manipulação
dos média ou contra-informação.
Estes métodos tendem a influenciar
e manipular a opinião pública
de forma a evitar que outras ideias, que
não as predominantes ou dominantes
tenham receptividade.
Uma forma moderna de censura prende-se
com o acesso aos meios de comunicação
e também com as entidades reguladoras
(que atribuem alvarás de rádio
e televisão), ou com critérios
editoriais discricionários (em
que por exemplo um jornal não publica
uma determinada notícia). Muitas
vezes a censura se justifica em termos
de proteção do público,
mas na verdade esconde uma posição
que submete os artistas ao poder do estado
e infantiliza o público, considerado
como incapaz de pensar por si próprio.
Actualmente a censura pode ser contornada
mais eficazmente, com o recurso à
Internet, graças ao fácil
acesso a dados sem fronteira geográficas
e descentralizado e aos sistemas de partilha
de ficheiros peer-to-peer, como a Freenet.
O uso cotidiano da censura promove um
movimento de defesa bastante corrosivo
que é a auto-censura, quando os
produtores culturais e formadores de opinião
evitam tratar de questões conflitivas
e divergentes.
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Clandestino
{clandestinidade}
O termo clandestinidade designa a situação
em que uma pessoa vive quando se encontra
fora da legalidade. Geralmente, refere-se
a alguém que reside num país
que não é o seu, ou que
terá saído do seu próprio
país pelos mais diversos motívos.
Pode também referir-se a alguém
que comete crimes e que se encontra em
fuga às autoridades. Em regimes
ditatoriais, a clandestinidade é
uma das poucas formas de se conseguir
exercer oposição às
políticas impostas pelo partido
no poder, exigindo na maior parte das
vezes uma situação bastante
precária, não havendo direito
a documentos de identificação
oficiais, ignorando assim a existência
do indivíduo perante o estado.
Diz-se que, o que é clandestino,
normalmente se faz às escondidas,
evitando cair no conhecimento público.
Confisco
Forma de aquisição coactiva
da propriedade de entidades privadas,
pelo Estado, sem que haja lugar ao pagamento
de qualquer compensação.
Os confiscos podem ter lugar designadamente
em contextos políticos ou no âmbito
de processos penais. O confisco foi largamente
usado no Antigo Regime até à
sua abolição generalizada
por altura das revoluções
liberais. A partir do final da década
de oitenta assiste-se a um renascimento
do interesse no confisco como estratégia
patrimonial de combate à criminalidade,
de acordo com o princípio segundo
o qual o crime não deve compensar.
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Desobediência
Método de oposição
e resistência pacífica e
democrática a um poder político
(seja o Estado ou não), geralmente
visto como opressor pelos desobedientes.
O autor americano Henry David Thoreau
foi o pioneiro a estabelecer a teoria
relativa dessa prática em seu ensaio
de 1849, originalmente intitulado "Resistência
ao Governo Civil", que mais tarde
reintitulou "Desobediência
Civil". A idéia predominante
abrangida pelo ensaio era de auto-aprovação
e de como alguém pode estar em
boas condições morais enquanto
"escraviza ou faz sofrer um outro
homem"; então não precisamos
lutar fisicamente contra o governo, mas
sim não apoiá-lo nem deixar
que ele o apóie estando você
contra ele. Este ensaio exerceu uma grande
influência sobre muitos praticantes
da desobediência civil. No ensaio,
Thoreau explicitou suas razões
porque se recusara a pagar seus impostos,
como um ato de protesto contra a escravidão
e contra a Guerra Mexicana. Vale ressaltar,
no entanto, que antes de Thoreau, existiram
outros que, através de teorias
próprias mas acessórias
a outras teses principais, também
esposaram atos que demonstram atos de
Desobediência Civil, como faz Antígona,
na peça Grega de Sófocles.
Também outros teóricos,
em especial do Iluminismo trataram de
possibilidades de desobediência
quando apresentavam suas obras de cunho
político e jurídico acerca
da formação do Estado e
da submissão do povo a este, como
Hobbes, Rousseau, Locke e Kant. Contudo,
vale o crédito dado a Thoreau,
por ter sido o primeiro a tratar especificamente
da Desobediência à ordem
instituída, e quando tal seria
aplicável, sem utilizar tal teoria
para ilustrar outras teses.
A Desobediência Civil serviu como
uma tática principal aos movimentos
nacionalistas em antigas colonias da África
e Ásia, antes de adquirirem a liberdade.
O mais notável, Mohandas Gandhi,
usou a desobediência civil como
uma ferramenta anti colonialista. Martin
Luther King, líder do movimento
dos direitos civis dos Estados Unidos
nos anos da década de 1960, também
adotou as técnicas da desobediência
civil e ativistas anti-guerra, tanto durante
quanto depois da Guerra do Vietnã,
também agiram igualmente. Paradas
de demonstração de opinião
e protestos, como as campanhas anti-guerra
que ocorreram contra a invasão
ao Iraque não são necessariamente
desobediência civil, pois muitos
cidadãos que dessas campanhas participam
continuam apoiando o governo de outras
formas.
A desobediência civil serviu também
como uma tática da oposição
polonesa contra os comunistas. (Veja:
Solidariedade). Muitos dos que praticam
a desobediência civil o fazem desprovidos
de crença religiosa e o clero frequentemente
participa ou lidera ações
de desobediência civil. Por exemplo:
os irmãos Berrigan nos Estados
unidos, são padres que já
foram diversas vezes presos em atos de
desobediência civil em manifestações
contra a guerra.
Buscando uma forma ativa de resistência,
aqueles que praticam a desobediência
civil escolhem deliberadamente por quebrar
certas leis, seja formando piquetes pacíficos
ou ocupando ilegalmente algum prédio.
Fazem isso na expectativa de que serão
presos, ou até mesmo atacados pela
autoridade. Existem métodos já
estudados de como reagir a ataques e tentativas
de prisão, de maneira que possam
fazê-lo sem resistência, passivamente,
sem problemas para as autoridades.
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Dissidência
Em Política, uma dissidência
é o ato de discordar de uma política
oficial, de um poder instituído
(ou constituído) ou de uma decisão
coletiva. Os indivíduos e grupos
que optam pela dissidência são
denominados dissidentes. O termo é
aplicado particularmente às dissidências
ocorridas em regimes autoritários
e totalitários, como o da União
Soviética sob os governos de Stalin
e Brejnev.
Embora
análogo, o termo "Dissidência"
não é sinônimo para
oposição, que denota um
grupo maior e estável que discorda
do poder estabelecido mas não o
enfrenta com métodos ilegais nem
se exclui. Em geral, dissidência
é o nome dado a minorias que discordam
do regime e, muitas vezes, optam por se
excluir do enfrentamento, abandonando
o país e denunciando-o no exílio.
O termo oposição também
é preferido para regimes democráticos,
enquanto dissidência é mais
usado no caso de ditaduras.
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Exílio
O exílio é o estado de estar
longe da própria casa (seja cidade
ou nação) e pode ser definido
como a expatriação, voluntária
ou forçada de um indivíduo.
Também pode-se utilizar as palavras,
banimento, desterro ou degredo. Alguns
autores utilizam o termo exilado no sentido
de refugiado.
Além
de pessoas em exílio há
governos em exílio, como o do Tibete
ou nações em exílio,
como foi o caso da Armênia de 1078
a 1375, que depois da invasão de
seu território por tribos seljúcidas,
exilou-se na Cilícia, formando
um novo reino.
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Flagelação
{auto-flagelo}
Causar flagelo a si mesmo. Castigar fisicamente
a si mesmo como forma de protesto. A palavra
flagelação refere-se à
prática de actos punitivos, mortificantes
ou de sacrifício, por diversos
motivos (jurídicos ou religiosos),
podendo ter origem em escolha voluntária
ou não. O termo aplica-se, por
exemplo a religiosos que incutem a si
mesmos sofrimentos e chagas, de modo a
imitar a paixão de Cristo.
Flash-Mob,
Multidão Instantânea
(Traduzido do inglês para "multidão
instantânea") É um evento
onde um grupo de pessoas vai de repente
a um lugar público, desenhando
movimentos pré-coreografados e
sem sentido aparente, apenas por entretenimento
ou muitas vezes com finalidades políticas
e de reivindicação. O fenômeno
começou em junho de 2003 quando
as pessoas se tornaram cientes, através
da Internet, de um evento chamado de "o
projeto mob", em Nova Iorque. Depois
que se encontrarem em Manhattan, instruções
adicionais foram emitidas e um grupo de
aproximadamente 100 pessoas convergiu
no departamento de tapetes da loja Macy,
reunindo-se em volta de um tapete específico.
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Greve
Greve é a cessação
coletiva e voluntária do trabalho,
decidida por sindicatos de trabalhadores
assalariados de modo a obter benefícios,
como aumento de salário, melhoria
de condições de trabalho
ou direitos trabalhistas, ou para evitar
a perda de benefícios. Por extensão,
pode referir-se à cessação
coletiva e voluntária de quaisquer
atividades, remuneradas ou não,
para protestar contra algo. Existem vários
tipos de greves: Greve branca: Mera paralisação
de atividades, desacompanhada de represálias;
Greve de braços cruzados: Paralisação
de atividades, com o grevista presente
no lugar de trabalho, postado em frente
à sua máquina, ou atividade
profissional, sem efetivamente trabalhar;
Greve de fome: O grevista recusa-se a
alimentar-se para chamar a atenção
das autoridades, ou da sociedade civil,
para suas reivindicações;
Greve geral: Paralização
de uma ou mais classes de trabalhadores,
de âmbito nacional. Geralmente é
convocado um dia em especial de manifestação,
procurando chamar atenção
pela grande paralização
conjunta. Greve selvagem: Iniciada e/ou
levada adiante espontaneamente pelos trabalhadores,
sem a participação ou à
revelia do sindicato que representa a
classe; Operação-padrão:
Consiste em seguir rigorosamente todas
as normas da atividade, o que acaba por
retardar, diminuir ou restringir o seu
andamento. É uma forma de protesto
que não pode ser contestada judicialmente,
sendo muito utilizada por categorias sujeitas
a leis que restringem o direito de greve,
como as prestadoras de serviços
considerados essenciais à sociedade,
por exemplo. É muito utilizada
por ferroviários, metroviários,
controladores de vôo e policiais
de alfândega, entre outros.
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Greve
de fome
Greve de fome é a cessação
voluntária da alimentação
por parte de um indivíduo, normalmente
como forma de protesto político.
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Hacker
Originalmente, e para certos segmentos
de programadores, são hackers (singular:
hacker) indivíduos que elaboram
e modificam software e hardware de computadores,
seja desenvolvendo funcionalidades novas,
seja adaptando as antigas. Originário
do inglês, o termo é comumente
utilizado no português sem modificação.
Na língua comum o termo designa
programadores maliciosos e ciberpiratas
que agem com o intuito de violar ilegal
ou imoralmente sistemas cibernéticos.
Fora do contexto especializado, o termo
encontra-se geralmente associado à
prática de atividades maliciosas
e criminosas, como invasão de computadores,
furto de informações, depredação
de sites, entre outros. Esta associação
é frequentemente criticada por
várias comunidades (notavelmente
pelos grupos desenvolvedores de software
livre), que utilizam o termo original
designando-o às pessoas que tem
entendimento avançado de informática
e redes, que aplicam seus conhecimentos
na modificação e desenvolvimento
criativo, disseminam a prática
do conhecimento livre e se auto-organizam
conectados em rede para o desenvolvimento,
criação de eventos, estruturas
e disseminação da cultura
livre. Não estando estes ligados
a atividades ilícitas, impõe-se
uma distinção.
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Hino
Canção, geralmente para
coro, de cariz comunitário (religioso,
patriótico, desportivo, etc)
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Inimigo
Pessoa, criatura ou entidade contra a
qual se luta. Também pode significar
pessoa contra a qual se disputa uma coisa.
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Invasão
Ação militar que consiste
na entrada de tropas em uma terra estrangeira
(uma nação ou território,
ou parte deçe), frequentemente
resultando em invasão forçada
ocupando a área, podendo ser breve
ou por um longo período. Eufemisticamente,
uma invasão é por vezes
classificada como intervenção.
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Jato
d'água
Disparo de jato de água utilizado
pela polícia para dispersão
de agrupamentos.
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Justiça
O termo justiça (do latim iustitia,
por via semi-erudita), de maneira simples,
diz respeito à igualdade de todos
os cidadãos. É o principio
básico de um acordo que objetiva
manter a ordem social através da
preservação dos direitos
em sua forma legal (constitucionalidade
das leis) ou na sua aplicação
a casos específicos (litígio).
Sua ordem máxima, representada
em Roma por uma estátua, com olhos
vendados, visa seus valores máximos
onde "todos são iguais perante
a lei" e "todos têm iguais
garantias legais", ou ainda, "todos
têm iguais direitos". A justiça
deve buscar a igualdade entre os cidadãos.
O Poder Judiciário no Estado moderno
tem a tarefa da aplicação
das leis promulgadas pelo Poder Legislativo.
É boa doutrina democrática
manter independentes as decisões
legislativas das decisões judiciais,
e vice-versa, como uma das formas de evitar
o despotismo.
Segundo Aristóteles, o termo justiça
denota, ao mesmo tempo,legalidade e igualdade.
Assim, justo é tanto aquele que
cumpre a lei (justiça em sentido
universal) quanto aquele que realiza a
igualdade (justiça em sentido estrito).
A justiça implica, também,
em alteridade. Uma vez que justiça
equivale a igualdade, e que igualdade
é um conceito relacional (ou seja,
diferentemente da liberdade, a igualdade
sempre refere-se a um outro, como podemos
constatar da falta de sentido na frase
"João é igual"
se comparada à frase "João
é livre"), é impossível,
segundo Aristóteles e Santo Tomás
de Aquino praticar uma injustiça
contra si mesmo. Apenas em sentido metafórico
poderíamos falar em injustiça
contra si, mas, nesse caso, o termo injustiça
pode mais adequadamente ser substituído
por um outro vício do caráter.
Kit
Conjunto organizado de apetrechos, instrumentos
e textos para ação.
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Liberdade
Em filosofia, há várias
concepções de liberdade,
umas bastante distintas das outras. As
teorias da liberdade dizem respeito à
metafísica e à ética,
à filosofia política. A
liberdade é uma noção
que designa, de uma maneira negativa,
a ausência de submissão,
de servidão e de determinação,
isto é, ela qualifica a independência
do ser humano. De maneira positiva, ela
designa a autonomia e a espontaneidade
de um sujeito racional. Isto é,
ela qualifica e constitui a condição
dos comportamentos humanos voluntários.
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Marcha
Marcha militar, forma de caminhar de soldados.
Pode se tratar da forma como a pessoa
se locomove, ou utilizada para denotar
um exercício físico, uma
caminhada. Mais informações
em "andar".
Marcha (música), é um tipo
de música.
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Nudismo
O nudismo é uma prática
integrada no conceito mais vasto de naturismo
que consiste na não utilização
de vestuário para actividades recreativas
em ambiente social. A nudez total é
vista como uma forma de contacto com a
natureza e sem conotações
sexuais ou morais de modéstia.
É também uma forma eficaz
de chamar a atenção da mídia.
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Ocupação
Ato ou efeito de ocupar lugar público
ou privado para fins de posse ou protesto.
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Oposição
Ato ou efeito de opor ou opor-se. Em política
refere-se ao partido ou grupo de partidos
que intitulam-se contrários ao
governo. Em regimes de governo bipartidários
a posição de cada partido
político fica sempre estabelecida
entre o partido de situação
(partido do governo) e partido de oposição.
Em regimes multipartidários a cada
eleição os partidos dividem-se
em partidos de situação,
oposição e independentes.
Há várias formas de se fazer
oposição, seja institucional
(dentro das instituições
democráticas, como os partidos
e o parlamento) ou não-institucional,
até formas mais radicais como a
subversão e o terrorismo.
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Patrulha
{ideológica}
Ou patrulhamento ideológico é
uma organização de jovens,
unidos por laços ideológicos
e religiosos, essas pessoas simples crianças
que desde cedo são submetidas a
educação do estado paralelo
por um grupo de professores, psicólogos,
antropólogos e sociólogos
que se ocupam em inserir em suas mentes
algum ideal politico. Geralmente, os jovens
são colegiados cujas mentes percebe-se
que estão comprometidas e polarizadas
para defender idéias inéditas,
esses jovens que possuem o perfil de uma
categoria de escoteiros mirins, são
especialmente aptos para vigiar, patrulhar,
observar desde seus semelhantes aos grupos
de pessoas consideradas opositoras aos
ideais previamente estipulados. Pode ser
um de seus ideários que passa a
criticá-lo de forma constante e
por vezes contundente.
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Pichação
Ato de desenhar, rabiscar, ou apenas sujar
um patrimônio de qualquer ordem
(público,privado...) com uma lata
de spray (utilizado devido à grande
dificuldade de remoção)
ou rolo de tinta. Diferentemente do Grafite,
cuja preocupação é
de ordem estética, o piche tem
como objetivo a demarcação
de territórios entre grupos rivais.
No geral, consiste em fazer algo que confronte
a sociedade, às vezes com frases
de protesto, outras com assinaturas pessoais.
O piche é considerado vandalismo
e incluso como crime ambiental das leis
brasileiras nos termos do art. 65, da
Lei 9.605/98, com pena de detenção
de 3 meses a um ano e multa. A história
da pichação começa
com as gangues de Nova York na decada
de 70 e 80. Podia ser apenas uma brincadeira
visando fazer um nome ou uma ameaça
a gangues rivais, como que uma demarcação
de territórios da cidade. Logo
jovens rebeldes de todo o mundo passaram
à seguir esta filosofia .
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Poster
Ou cartaz. Anúncio de grandes dimensões
em formatos variáveis, impresso
em papel de um lado só e geralmente
a cores, próprio para ser afixado
em ambientes amplos ou ao ar livre, em
paredes ou armações próprias
de madeira ou de metal. Embora haja registros
sobre o uso de cartazes desde a antiga
Mesopotâmia, esse recurso de comunicação
consagrou-se principalmente a partir do
século 19, com o desenvolvimento
das artes gráficas: exemplos expressivos
deste período são os cartazes
criados por Toulouse-Lautrec, Bonnard
e Chéret, reconhecidos hoje como
legítimas peças de arte.
Hoje são utilizados especialmente
em grandes centros urbanos como veículo
de propaganda. O cartaz é mais
específico para designar o meio
de comunicação criado a
partir das folhas colocadas em espaços
públicos, visando Propaganda (como
um cartaz de um político), Publicidade
(como um cartaz de uma festa) ou simplismente
a comunicação. Resumidamente,
o pôster tem valor estético
e o cartaz valor funcional, pela informação
que quer transmitir. Um cartaz que é
pego da rua e colado no quarto de um adolescente,
deixa se ser cartaz e pode ser considerado
pôster, pois sua função
principal, naquele quarto, não
é mais informar sobre determinado
assunto, mas decorar o ambiente.
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QG
{Quartel-General}
Edifício ou complexo que centraliza
atividades de planejamento e execução
de ações.
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Reivindicação
Ato ou efeito de reivindicar, reclamar,
intentar demanda para reaver (propriedade
que está na posse de outrem); tentar
recuperar, reaver.
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Repressão
Repressão é o ato de reprimir,
conter, deter, impedir e punir um indivíduo,
um objeto, uma idéia ou um desejo.
Em Política, a repressão
é um tipo de ação
pública, geralmente (mas nem sempre)
tomado por parte do Estado para conter
e calar manifestações de
oposição, subversão
e dissidência ao regime estabelecido.
A repressão política é
típica de regimes de força
como o autoritarismo, o absolutismo, as
ditaduras militares e o totalitarismo.
Em Segurança pública, a
repressão é uma estratégia
central para contenção e
prevenção de crimes, principalmente
no caso do crime organizado. Em geral,
ações bem-sucedidas de repressão
costumam ser acompanhadas por eficiente
trabalho de inteligência. Métodos
de repressão política incluem
freqüentemente práticas violentas
como a tortura, o espancamento e execuções
da pena de morte. Outros métodos
mais brandos são a censura, a prisão
e o toque de recolher, além de
tiros com balas de borracha e bombas de
efeito moral, como as de gás lacrimogêneo.
A repressão política é
utilizada em regimes democráticos
dentro de determinados limites impostos
pelo estado de Direito, como uma Constituição.
Estes limites podem estabelecer, por exemplo,
que ações de repressão
por parte do Estado só sejam aceitáveis
em caso de risco à ordem pública,
caos social, ameaças à segurança
nacional ou à integridade territorial,
ou ainda exceções como lei
marcial. Segundo a ciência política
e a sociologia, nestes casos, o uso da
força é legitimado pelo
fato de o Estado deter o monopólio
da violência (ou seja, só
ele pode cometer atos violentos; todos
os demais são ilegais ou ilegítimos).
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Sabotagem
Ato de impedir o pleno funcionamento de
quaisquer mecanismos, institucionais ou
não, que são contrários
aos interesses dos sabotadores. A sabotagem
foi utilizada por todos os exércitos
da antiguidade, principalmente na guerra,
e é utilizada atualmente por alguns
governos com o fim de que suas populações
não se organizem.
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Tática
Do grego taktiké ou téchne
= arte de manobrar [tropas]) é
qualquer elemento componente de uma estratégia,
com a finalidade de se atingir a meta
desejada num empreendimento qualquer.
Enquanto estratégia busca visão
"macro", de conjunto ou, por
assim dizer, sistêmica, relativamente
ao empreendimento, tática ocupa-se
de visão "micro", no
sentido de elementar ou particular em
relação ao todo. Tática
também pode ser entendida, no sentido
bélico, como parte da arte da guerra
que trata da disposição
e da manobra das forças durante
o combate ou na iminência dele.
Numa comparação mais simples,
a tática seria 'como' se deve realizar
determinada função (em oposição
à estratégia, mais próxima
de 'o que' se deve realizar). Intimamente
relacionadas, tática e estratégia
se complementam, sendo que aquela seria
o plano a curto prazo e esta o plano a
longo prazo.
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Toque
de recolher
Proibição, decretada por
um governo ou autoridade, de que pessoas
permaneçam nas ruas após
uma determinada hora, seja individualmente
ou em grupo (exceto forças de segurança,
polícia ou exército, em
função de patrulha). Quem
desobedecer pode ser detido ou preso.
O toque é uma medida de segurança
pública e garantia da ordem civil
que também pode ser usada como
método de repressão política.
O nome deriva essencialmente da prática
européia de, durante guerras, após
determinada hora (geralmente o início
da noite), soar uma sirene para que a
população deixasse as ruas
em caso de bombardeio. Atualmente, o toque
pode ou não ser literal, às
vezes bastando que carros de patrulha
percorram as ruas ordenando que os cidadãos
voltem para suas casas e alertando os
possíveis infratores. O termo equivalente
em inglês, curfew, é usado
por certos albergues (os que não
abrem 24 horas por dia) para indicar o
horário-limite até a qual
o estabelecimento fica aberto para receber
hóspedes. Após esse horário,
os hóspedes podem ser obrigados
a dormir na rua até a reabertura
na manhã seguinte. O toque de recolher
também é usado, em algumas
cidades, para proibir menores de idade
de freqüentar casas noturnas e estabelecimentos
que vendam tabaco e bebidas alcoólicas.
Tortura
Imposição de dor física
ou psicológica por crueldade, intimidação,
punição, para obtenção
de uma confissão, informação
ou simplesmente por prazer da pessoa que
tortura. A tortura é proibida pela
convenção das Nações
Unidas[1], adotada pela Assembléia
Geral em 10 de dezembro de 1984, vigorando
desde 26 de junho de 1987, e pela terceira
Convenção de Genebra. Ela
constitui uma grave violação
dos Direitos Humanos. Não obstante,
a tortura ainda é praticada no
mundo, frequentemente coberta por uma
definição imprecisa da lei
ou legislações locais vagas.
A tortura é utilizada freqüentemente
em contexto militar ou terrorista, onde
é considerada como necessária,
logo legítima. Muitas vezes é
utilizada como uma espécie de treinamento
para preparar fisicamente e psicologicamente
seus próprios soldados ou combatentes
caso caiam em mãos inimigas.
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Unanimidade
Qualidade de unânime; concordância
geral; integral conformidade de votos
ou de opiniões.
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Vaia
Dirigir urros, zombarias, chacotas a algo
ou algúem.
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Voluntário
Aquilo que deriva da própria vontade;
espontâneo; instintivo; em que não
há coacção; ou aquele
que se oferece para alguma ação;
aquele que se alista espontaneamente no
exército.
^
Subir
W.O
{walk-over}
W.O. = abreviatura de walk over. Esse
termo é usado quando a vitória
é dada a um dos competidores graças
à desistência do outro. Desonra
para quem perde — porque fugiu da
disputa — e também para quem
ganha — pois não houve empenho
na conquista.
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Xerox
Foi no final dos anos 1940 que uma pequena
fábrica de produtos fotográficos
de Rochester chamada Haloid decide aproveitar
a invenção feita 10 anos
antes por Chester Carlson, a xerografia.
O projeto da primeira fotocopiadora, o
XeroX Model A, e o sucesso dos modelos
seguintes levaram a companhia a trocar
seu nome em 1958 para Haloid Xerox, e
em 1961, tornando-se simplesmente Xerox.
O último X de Xerox foi acrescentado
para dar ao nome um aspecto similar ao
de outra famosa empresa de Rochester,
a Kodak. O desenvolvimento de Xerox origina-se
assim do uso da patente de reprodução
xerográfica (ou xerocópia),
permitindo a fotocópia de documentos
em papel ordinário. Essa patente
dava à empresa o direito exclusivo
do procedimento durante vinte anos, mas
ela se organizou de maneira a sobrevier
além desse período.
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Zigue-zague
Caminho ou corrida com alternâncias
de direções. Utilizado para
enganar, driblar ou dissuadir perseguidor.
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