Comitê
Estadual pela Verdade, Memória e
Justiça RN
Centro de Direitos
Humanos e Memória Popular CDHMP
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Pinheiro | Virgílio
Gomes da Silva | Zoé
Lucas de Brito
VÍRGILIO GOMES DA SILVA
As duas
Mortes do Companheiro Jonas
Até
tu, companheiros?
Equipe
Clínico-Grupal Tortura Nunca Mais
Virgílio
Gomes da Silva
Livro "Dos Filhos deste solo"
Dados Pessoais
Nasceu em 15 de agosto de 1933 em Sítio
Novo, município de Santa Cruz, Rio Grande do Norte. Filho de Sebastião
Gomes da Silva e Izabel Gomes da Silva, casado e pai de três filhos.
Atividades
Foi operário da indústria química e
dirigente do Sindicato dos Químicos e Farmacêuticos de São Paulo. Em
1962, foi baleado quando participava da luta pela conquista do 13o.
salário, sendo hospitalizado no Hospital Brasília, Rua Vergueiro, São
Paulo. Com o golpe militar de 1964, Virgílio é preso, permanecendo 4
meses na cadeia. Perseguido pela sua militância, não conseguia emprego
nas fábricas; sobreviveu mantendo um pequeno bar em São Miguel
Paulista. Entre outubro de 1967 e julho de 1968, faz treinamento militar
em Cuba, como integrante dos quadros da Ação Libertadora Nacional
(ALN). No início de setembro de 1969, comanda o Grupo Tático que
sequestrou o embaixador americano no Brasil, Charles Elbrick, logrando
obter a libertação de 15 prisioneiros políticos brasileiros.
Circustâncias da Prisão e Morte
Foi preso no dia 29 de setmbro de 1969,
na Av. Duque de Caxias, São Paulo, por agentes
da Operação Bandeirantes (OBAN). Declarações prestadas
por Francisco Gomes da Silva, seu irmão, elucida
as condições e circunstâncias do assassinato de
Virgílio: "Meu irmão foi preso e morto na
Operação Bandeirantes, em 29 de setembro de 1969.
Era militante da ALN e estava sendo procurado
pela repressão. Eu já estava preso desde o dia
28, quando no dia 29 chegou Virgílio ao mesmo
local, preso pela equipe do capitão Albernaz.
Eu estava sendo interrogado, quando ouvi os gritos
de Virgílio sendo torturado. Às 21:00 h do mesmo
dia, Virgílio foi morto, pendurado no pau de arara.
Mais ou menos meia hora depois que eu soube que
Virgílio havia morrido, o capitão Albernaz informou
que o mesmo havia fugido. Ouvi comentários segundo
os quais os torturadores haviam retirados os olhos
e os testículos do meu irmão. Um delegado do DOPS
afirmou para mim que Virgílio foi enterrado no
cemitério de Vila Formosal".
Situação Atual
Apesar das buscas efetuadas no cemitério
de Vila Formosa pela comissão 261\90 da prefeitura de São Paulo,
gestão Luiza Erundina, seu corpo não foi encontrado. O nome de
Virgílio Gomes da Silva consta da relação de 136 prisioneiros
políticos desaparecidos no Brasil, anexa à Lei no. 9140\95, tendo a
União reconhecido sua responsabilidade pela morte do revolucionário
brasileiro.
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