Comitê
Estadual pela Verdade, Memória e
Justiça RN
Centro
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Página
Inicial | Anatália
de Souza Alves de Melo
| Djalma
Maranhão | Édson
Neves Quaresma | Emmanuel
Bezerra dos Santos | Gerardo
Magela Fernandes Torres da Costa
| Hiran
de Lima Pereira | José
Silton Pinheiro | Lígia
Maria Salgado Nóbrega | Luís
Ignácio Maranhão Filho | Luís
Pinheiro | Virgílio
Gomes da Silva | Zoé
Lucas de Brito
ANATÁLIA
DE SOUZA MELO ALVES
Anatália
Melo Alves
Livro "Dos Filhos deste solo"
DADOS PESSOAIS
Nasceu em 09 de julho de 1945, em
Mombassa, Município de Martins, atual Frutuoso Gomes, no Rio Grande do
Norte, filha de Nicácio Loia de Melo e Maria Pereira de Melo. Em 1969
casou-se com Luiz Alves Neto.
ATIVIDADES
Anatália era uma pessoa de temperamento
reservado, tímida, voltada para os estudos, tendo concluido o curso
científico no Colégio Estadual de Mossoró, cidade onde residiu até
1969. Nesse período trabalhou na Cooperativa de Consumo Popular,
revelando forte espírito de solidariedade em relação aos associados
daquela entidade sócio-econômica. A partir de 1969, acompanhando seu
marido, desloca-se para Recife, passando a militar no Partido Comunista
Brasileiro Revolucionário (PCBR). Sua atuação política
desenvolveu-se na Zona da Mata (PE), contribuindo para a organização e
mobilização das bases camponesas do PCBR naquela área.
CIRCUNSTÂNCIAS DA PRISÃO E MORTE
Anatália foi presa juntamente com o seu
marido e outros companheiros em 17 de dezembro de 1972. Levada para o
DOI-CODI do IV Exército em Recife, foi torturada brutalmente até 13 de
janeiro de 1973, quando a removeram para o DOPS. Neste órgão de
segurança continuaram as torturas físicas e psicológicas, culminando
com a sua morte em 22 de janeiro de 1973. Segundo a versão divulgada à
época pela repressão, Anatália teria se enforcado com a alça de sua
bolsa, após ter ateado fogo as suas vestes. Essa versão não resiste
à análise das circusntâncias que caracterizaram a sua morte.
Primeiro, seu corpo foi retirado do local onde teria ocorrido o suposto
suicídio o banheiro do DOPS - as fotos da perícia foram feitas em
outro local. Segundo, a torneira na qual ela havia fixado a alça da
bolsa ficava a menos de 1 (um) metro do chão, tornando inviável a
hipótese oficial de suicídio.E, finalmente, sabe-se que a nenhum
prisioneiro político, em fase de interrogatório, seria permitido o uso
de qualquer instrumento ou meio que atentasse contra a vida dos
carcereiros ou do próprio preso, como cintos, alças de bolsas,
fósforos , etc., etc.
SITUAÇÃO ATUAL
Depois de sancionada pelo presidente da
República a Lei no. 9140/95 ,
que determinou a concessão de
indenização aos familiares dos
mortos e desaparecidos políticos,
Luiz Alves Neto , após ter encaminhado
requerimento à Comissão Especial
, presidida pelo jurista Miguel
Reale Júnior, obteve o reconhecimento
oficial da responsabilidade da
União pela morte de Anatália.
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