Advogado
ligado à Pastoral da Terra de Pernambuco é perseguido por
policiais militares
No
dia 16 de setembro, por
volta das 8:00 da manhã, o advogado Dominici
Mororó da Comissão Pastoral da
Terra de Pernambuco (CPT/PE),
ao sair de casa em seu carro, percebeu que alguém o perseguia
numa moto. Mais adiante, se deu conta que mais uma pessoa,
em outra moto, também o seguia. Dominici foi para um seminário onde se debatia sobre o acesso à
cidadania, com a presença de Eduardo Fernandes, outro advogado
da CPT, a quem contou o fato.
Ao sair do local do seminário, percebeu que já havia quatro
pessoas que o perseguiam, três em uma moto e um quarto que
dirigia um Fiat Pálio de placa fria.
Já pelas 11:00, ainda sendo perseguido, Dominici
ligou para um Delegado que o orientou a seguir a um determinado
local onde, com sua equipe, deteriam os perseguidores.
Resultado: três destes últimos foram detidos e eram
policiais militares ligados à Casa Militar do Governo do
Estado. Cada um portava um revólver calibre 38 (de
uso exclusivo da Casa Militar), uma máquina digital, uma
filmadora, um gravador (onde se pode ouvir gravações da
manifestação do Grito dos Excluídos) e um dossiê com os
nomes de pessoas que militam em defesa dos direitos
humanos em Pernambuco. Um dos policiais fugiu. Todos estavam
a paisana.
Dominici ja
foi ouvido na polícia, os perseguidores disseram que só
falariam em juízo, e logo após foram liberados.
Este tipo de fatos é corriqueiro nos Estados do Nordeste,
principalmente em Pernambuco e na Paraíba.
Fonte: Daniel Pessoa, advogado e militante dos Direitos
Humanos no Rio Grande do Norte
Veja
também:
- LUTA PELA VIDA, CONTRA A VIOLÊNCIA
- Carta pública do Movimento Nacional de Direitos
Humanos (MNDH) sobre a perseguição do advogado
ligado à CPT de Pernambuco
- AMÉRICA LATINA - Santiago
del Estero, el medioevo argentino
- INTERNACIONAL - Las diez posiciones
de George Bush sobre Saddam