Militantes
Brasileiro(a)s dos Direitos Humanos Perly
Cipriano
Homenagem
da DHnet aos 50 anos de militância
política de
Perly Cipriano e Gilney Viana
Perly
Cipriano e Gilney Viana Perly Cipriano e
Gilney Viana Perly Cipriano e Gilney Viana
Perly Cipriano e Gilney Viana Perly Cipriano
e Gilney Viana Perly Cipriano e Gilney Viana
Perly Cipriano e Gilney Viana Perly Cipriano
e Gilney Viana Perly Cipriano e Gilney Viana
Perly Cipriano e Gilney Viana Perly Cipriano
e Gilney Viana Perly Cipriano e Gilney Viana
Perly Cipriano e Gilney Viana Perly Cipriano
e Gilney Viana Perly Cipriano e Gilney Viana
Perly Cipriano e Gilney Viana Perly Cipriano
e Gilney Viana Perly Cipriano e Gilney Viana
Perly Cipriano e Gilney Viana Perly Cipriano
e Gilney Viana Perly Cipriano e Gilney Viana
Perly Cipriano e Gilney Viana Perly Cipriano
e Gilney Viana Perly Cipriano e Gilney Viana
Perly Cipriano e Gilney Viana Perly Cipriano
e Gilney Viana Perly Cipriano e Gilney Viana
Perly Cipriano e Gilney Viana Perly Cipriano
e Gilney Viana Perly Cipriano e Gilney Viana
Perly Cipriano e Gilney Viana Perly Cipriano
e
50
anos de luta de Perly e Gilney, por José
Dirceu
Publicado em 13-Abr-2010
"Em 1960 éramos jovens e sonhávamos
mudar o mundo. Lutamos pelas Reformas de
Base e sofremos o golpe de 1964. Na resistência
à ditadura conhecemos a morte, a
tortura e o cárcere de onde ouvimos
os hinos da vitória no Vietnam e
os gritos das ruas por Liberdade, Anistia
e Abaixo a Ditadura! Liberados, retomamos
a luta, empunhamos as bandeiras da CUT e
do PT e elegemos Lula Presidente. Em 2010,
ainda queremos mudar o mundo."
O
belíssimo texto acima faz parte do
convite que recebi e retransmito a todos
vocês para uma justa homenagem aos
50 anos de militância política
de dois importantes nomes que compõem
o PT, Perly Cipriano e Gilney Viana. Não
é todo dia que comemoramos meio século
de luta.
Ao
Perly, reconhecido pela batalha que trava
pelos Direitos Humanos neste país,
e ao Gilney um dos representantes pela luta
em prol do meio ambiente, um grande abraço
e mais 50 anos com essa disposição
para mudar o mundo. A justa homenagem será
feita hoje às 19h, em Brasília
(Setor de Clubes Norte, Trecho 3, Conj.3,
Lotes 2A/2B).
Moção
de apoio de solidariedade aos 50 anos de
militância do companheiro Perly Cipriano
O IV Congresso do PT – ES felicita
o militante histórico Perly Cipriano
pelos seus cinquenta anos de atuação
política iniciada em 1960, seu enfrentamento
à ditadura militar, na construção
do PT e agora no governo Lula.
Manifesta também solidariedade por
sua luta em defesa dos Direitos Humanos,
sua importante presença na Secretaria
Especial de Direitos Humanos da Presidência
da República, sua atuação
no CDDPH, a condução do Conselho
Nacional do Idoso que presidiu. Sua presença
na luta pela dignidade de crianças
e adolescentes, mulheres, negros e negras.
Tantas lutas orgulham o PT e em especial
no ES.
Parabéns
Perly, pelo seu exemplo a todos os socialistas
e lutadores do povo.
Perly
Cipriano e seu saboroso livro “Vai
quem quer”
Oldack Miranda
Eu
esperava tudo de Perly Cipriano, atual Subsecretário
da Secretaria Especial de Direitos Humanos
da Presidência da República,
menos um saboroso livro de memória.
Não as memórias dos tempos
de chumbo da ditadura militar, mas um livro
de memórias do menino, da infância
vivida na pequena e rural “Vai quem
Quer”, localidade da também
pequena e rural Barra de São Francisco,
na antiga região do Contestado, no
Estado do Espírito Santo. Ao vasculhar
o passado, ele encontra pegadas que nos
ensinam a renascer e a compreender o presente,
como ele diz, “sem o véu da
esperança”. O retorno ao passado
desmancha ilusões e traz tristezas,
mas, também, surpresas agradáveis.
Digo
que não esperava de Perly Cipriano
um livro de memórias infantis porque
– acho que é um preconceito
meu - seria mais natural que ele escrevesse
suas memórias políticas. Ex-militante
do PCB, depois militante da luta armada
pela ALN, em 1970 foi preso em Olinda, barbaramente
torturado, acabou condenado a 94 anos de
prisão.
Ficou dez anos preso e só foi libertado
pela Anistia. Ainda preso, em 1979, participou
dos debates para a criação
do Partido dos Trabalhadores (PT). Fundador
do PT, concorreu ao governo do Espírito
Santo em 1982 e presidiu o partido naquele
Estado por duas vezes. Foi deputado estadual,
chefe de gabinete do prefeito de Vitória,
Vitor Buaiz, vereador e Secretário
Estadual de Justiça e Cidadania durante
o Governo Vitor Buaiz.
Em
2003, a convite de Nilmário Miranda,
assumiu a Subsecretaria de Promoção
e Defesa dos Direitos Humanos vinculada
à Presidência da República.
Em 2006, foi homenageado com o título
de Cidadão Honorário de Brasília,
em 2007 foi agraciado com a Comenda Domingos
Martins, concedida pela Assembléia
Legislativa do Espírito Santo. Nilmário
Miranda deixou a Secretaria Especial dos
Direitos Humanos, voltou para Minas Gerais,
e Perly Cipriano continuou Subsecretário
na atual gestão de Paulo Vanucchi.
Companheiros
no passado e no presente, coube a Nilmário
Miranda assinar o Prefácio da obra
“Vai quem quer”. Eles se conheceram
no Presídio Frei Caneca, no Rio de
Janeiro, em 1978. Tornaram-se amigos. Juntos,
em 1995, foram a Roma para um congresso
internacional contra a pena de morte. “Lá
se vão três décadas
de uma sólida amizade. Perly é
um militante do bem. Solidário, inquieto,
humanista, amante da vida, das coisas do
mundo, da História. E é um
bom contador de histórias (...) lendo
“Vai quem quer” vê-se
que Perly sessentão é o mesmo
Perly da infância”.
Eu aprendi que Perly Cipriano é um
revolucionário, sensível,
capaz de desvelar as suas lembranças
de até os nove anos de idade e também
nos fazer viajar. Como escreve Nilmário,
ele nos faz viajar ao falar de suas impressões
de menino sobre “o quadro do céu
e do inferno, o rádio, o picolé,
a magia do cinema, o primeiro encontro com
o mar, o bonde, a violência, a maldade
da tortura, o suicídio, os nomes
das ruas de sua aldeia e até a posse
da primeira caneta BIC”. Aprendi que
o “Vai quem quer” sempre existiu
e sempre existirá para todas as pessoas.
Um tesouro no fundo do tacho.
Nem
sei se o livro de Perly Cipriano está
à venda nas livrarias. Foi editado
pela Gráfica Editora Palloti, de
Porto Alegre. Eu o encontrei em Salvador,
onde veio para proferir uma palestra sobre
Direitos Humanos. Poucos dias depois chegou-me
o livro pelo Correio. Perly Cipriano é
autor de “Pequenas Histórias
de Cadeia” e “Fome de Liberdade”,
ambos escritos em parceria com o ex-deputado
federal Gilney Amorim (PT), também
um ex-preso político condenado pela
ditadura militar a uma pena a perder de
vista. Daí talvez meu preconceito,
de esperar do militante apenas temas políticos.
Ainda
assim, o militante do bem não se
livra da Política com P maiúsculo,
ao dedicar seu livro “às pessoas
idosas que buscam no mundo da infância
lições e recordações
para confirmar que valeu a pena viver”
e também “às crianças,
que um dia envelhecerão levando consigo
suas lembranças”.