A Volkswagen se manifesta contra a barbárie para vender da sua concessionária em Natal
O caso
Via Costeira,
a concessionária da Volkswagen
em Natal (RN) que em um anúncio publicado em 29 de abril
no jornal Tribuna do Norte, produzido pela agência
Lúmina, utilizou
a imagem de uma mulher espancada para vender serviços de
mecânica, funilaria e pintura e que, por este motivo, foi
condenada pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte
a patrocinar um evento sobre violência contra a mulher após
uma representação de entidades membros da Rede Estadual
de Direitos Humanos (REDH-RN), continua tendo repercussões
positivas.
Entre
as múltiplas ações de solidariedade à REDH-RN e reação
àquela propaganda que humilha de maneira gritante a
mulher e causa dor profunda em todas as que sofrem na própria
pele a vil, covarde e selvagem violência doméstica, noticiamos em maio uma carta que o cidadão
alemão Elmar Schmitz escreveu à Volkswagen
pedindo um pronunciamento da multinacional de carros (em
cuja história rasteja como uma sombra silenciosa a
mancha inapagável da utilização de mão de obra escrava procedente dos
campos de concentração nazistas durante a Segunda Guerra
Mundial) um pronunciamento sobre o comportamento da sua
concessionária em Natal.
O Comitê
Latino-Americano e do Caribe para a Defesa dos Direitos
da Mulher (CLADEM), que desde o primeiro momento realizou
uma ação incansável de conscientização e mobilização sobre
o caso, nos informou hoje de que a Volkswagen respondeu à solicitação de Elmar
Schmitz, manifestando-se de maneira clara contra a
propaganda da Via Costeira e afirmando que sua importadora
no Brasil tomou providências contra os responsáveis, o que
deixa imaginar que a concessionária natalense tenha levado
no mínimo uma bronca.
Mais uma pequena vitória, portanto,
dos que acreditam na prevalência da dignidade do ser humano
sobre a maximização do lucro acima de qualquer valor.
Antonino
Condorelli
Veja
também:
- CARTA DA VOLKSWAGEN SOBRE
O CASO VIA COSTEIRA