11.03.1974
Anotações
Inéditas de Mércia Albuquerque
A
mulher de Juarez me apareceu chorando, sem emprego, o marido preso; o
pai faleceu e Laura, esposa do cunhado Jorge, vive a tratá-la mal,
inclusive reclama o que a filhinha da menina come.
Confortei-a
e disse-lhe: A você nada prometo, mas a menina traga-a, prometo amá-la
tanto quanto amo Aradin e devolvê-la quando o pai for livre, ou você
tenha liberdade econômica. Abraçou-me comigo e chorou, nervosamente.
Parecia que ia sumir, de tão magra e pequena. Dei-lhe um calmante, almoço,
coragem e confiança. Passei um dia massacrada com o estômago.
|