Debaixo de um latumido
medonho
Toinha agarra seu Tonho,
Abraça a vida que tem
Seus repuxos,
O destino lhes arrasta,
Consome o homem, a mulher,
O nome, a força, a fé –
Eroshomens
Eroshomens
Franzinos
meninos
Trouxas
na cabeça
Bucho
nas costelas
Panela
sem feijão –
Toinha e seu Tonho
Choram quando amanhece;
Irrigam de lágrima e suor
O resto de sol, o pó
Da sombra que réstea no arrebol,
Capuchos de algodão.
RAY
LIMA |